Palmeiras
No dia 20 de outubro de 2020, o Palmeiras deu como encerradas as negociações com Miguel Ángel Ramírez, então técnico do Independiente del Valle, do Equador. O espanhol ocuparia a vaga deixada por Vanderlei Luxemburgo.
As tratativas vinham sendo feita com o próprio Ramírez, que já havia concordado com os termos oferecidos pelo Verdão. Inclusive, dois jogadores do Del Valle foram indicados pelo treinador – o lateral Ángelo Preciado e o meio-campista Moises Caicedo.
Depois de uma longa conversa por vídeo, que contou com a presença de Anderson Barros e um advogado do Palmeiras, Ramírez solicitou que os detalhes fossem acertados presencialmente com o clube equatoriano.
Em um avião da Crefisa, representantes palmeirenses voaram para Quito e lá entrariam em acordo com o Del Valle e acertariam o pagamento da multa rescisória, que seria feita em duas parcelas.
Estava tudo caminhando para um acerto sem grandes problemas, mas o treinador, de última hora, informou que só gostaria de assumir o Verdão no fim da temporada – o que não foi bem recebido pelos brasileiros.
Como estaria o Palmeiras se não tivesse contratado Abel Ferreira?
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Por fim, com Ángel Ramírez irredutível, o Palmeiras decidiu colocar um fim nas negociações e partiu para o ‘plano B’, que era Abel Ferreira, naquele momento no comando do PAOK, da Grécia.
Em entrevista ao Estadão, Miguel Ángel Ramírez afirmou não ter se arrependido da decisão tomada na época e que valores estão acima do dinheiro e que o Del Valle merecia respeito naquele momento.
“Não me arrependo, porque a decisão estava baseada em respeito e carinho com o Independiente del Valle. Há certos valores que estão acima de dinheiro e êxito esportivo. Tenho um grande carinho pelo pessoal do Palmeiras”, contou.
Em 2021, no entanto, Ramírez aceitou vir ao Brasil e assumiu o Internacional. A passagem pelo clube gaúcho durou apenas três meses. Apesar do curto período, o espanhol deseja voltar ao futebol brasileiro no futuro.
“Quando me tornei treinador profissional queria ir para o Brasil. Com tantas ligações que estava recebendo de clubes brasileiros, tive de responder aos sinais, mesmo sabendo que duraria pouco. Mas quis viver a experiência. Eu gostaria de um dia voltar a viver essa experiência, porque ficou uma lembrança muito bonita do futebol e das pessoas do Brasil”, vislumbrou.
A demissão no Inter aconteceu após a eliminação para o Vitória, naquele momento na Série B do Brasileirão, na Copa do Brasil. Na análise do treinador, a decisão se deu ao fato dele não ser um brasileiro veterano.
“No Internacional melhoramos o que foi o ano anterior. No Gauchão, chegamos à final. Na Libertadores, ficamos em primeiro na fase de grupos. A eliminação na Copa (do Brasil) com um rival de categoria inferior é o suficiente para demitir um treinador que não tem o escudo como um técnico brasileiro veterano”, comentou.
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